Olá!
Essa é a segunda e última parte do meu post sobre como viajar para o Japão! A primeira parte foi mais referente a coisas básicas e imprescindíveis como dinheiro, planejamento, passagem, estadia e visto, e essa segunda parte vai ser sobre coisas mais específicas, mas que podem fazer a diferença na sua viagem e sobre como se virar no Japão gastando pouco.
Todas as dicas que eu dou são baseadas na viagem que eu e meu irmão realizamos no final de 2016 e início de 2017 que deu super certo, por isso eu quero ajudar mais pessoas a realizarem esse sonho que é conhecer o Japão!
Essa é a segunda e última parte do meu post sobre como viajar para o Japão! A primeira parte foi mais referente a coisas básicas e imprescindíveis como dinheiro, planejamento, passagem, estadia e visto, e essa segunda parte vai ser sobre coisas mais específicas, mas que podem fazer a diferença na sua viagem e sobre como se virar no Japão gastando pouco.
Todas as dicas que eu dou são baseadas na viagem que eu e meu irmão realizamos no final de 2016 e início de 2017 que deu super certo, por isso eu quero ajudar mais pessoas a realizarem esse sonho que é conhecer o Japão!
O que Levar?
Começando com o que levar na bagagem, não vou falar de coisas óbvias como documentos e roupas condizentes com a estação do ano em que você pretende ir (lembrando que as estações no Japão são ao contrário daqui), mas tem algumas coisas mais específicas que nós levamos e fizeram toda a diferença na nossa viagem:
Dólares - Nós trocamos o nosso dinheiro por dólares ainda no Brasil, pelo site Melhor Câmbio, porque valia muito mais à pena do que levar reais e tentar trocar direto lá no Japão ou em algum aeroporto. Economizamos bastante com isso.
Remédios, de todos os tipos - Antes de viajar eu pedi uma receita pro meu médico com todos os remédios que ele achava importante levar na viagem e a gente acabou levando de tudo: remédio pra dor e febre, pra cólica, pro estômago, pro intestino, anti-inflamatório, entre outros, porque nunca se sabe o que pode dar na gente numa viagem longa dessas. E foi útil, porque nos primeiros dias eu fiquei ruim do estômago e vomitei e se eu não tivesse os remédios talvez demorasse mais pra melhorar.
Adaptador de tomada - No Japão, algumas tomadas tem um formato diferente do que nós temos aqui no Brasil, por isso cada um de nós comprou um adaptador universal de tomada pra podermos recarregar nossos celulares. Foi muito útil e acho que não é algo que as pessoas lembram de levar.
Carregador portátil para celular - Esse salvou nossas vidas. Como em vários dias nós saíamos do apartamento umas 6h e voltávamos umas 23h, e usávamos os celulares pra tirar fotos, conferir a plataforma do trem e achar os caminhos certos, não tinha como nossas baterias aguentarem tanto tempo. Então pra não depender de tomadas, era só usar o carregador portátil. Ele ainda serviu também pra recarregar o aparelho de wi-fi móvel do apartamento, que sempre levávamos junto.
Remédios, de todos os tipos - Antes de viajar eu pedi uma receita pro meu médico com todos os remédios que ele achava importante levar na viagem e a gente acabou levando de tudo: remédio pra dor e febre, pra cólica, pro estômago, pro intestino, anti-inflamatório, entre outros, porque nunca se sabe o que pode dar na gente numa viagem longa dessas. E foi útil, porque nos primeiros dias eu fiquei ruim do estômago e vomitei e se eu não tivesse os remédios talvez demorasse mais pra melhorar.
Adaptador de tomada - No Japão, algumas tomadas tem um formato diferente do que nós temos aqui no Brasil, por isso cada um de nós comprou um adaptador universal de tomada pra podermos recarregar nossos celulares. Foi muito útil e acho que não é algo que as pessoas lembram de levar.
Carregador portátil para celular - Esse salvou nossas vidas. Como em vários dias nós saíamos do apartamento umas 6h e voltávamos umas 23h, e usávamos os celulares pra tirar fotos, conferir a plataforma do trem e achar os caminhos certos, não tinha como nossas baterias aguentarem tanto tempo. Então pra não depender de tomadas, era só usar o carregador portátil. Ele ainda serviu também pra recarregar o aparelho de wi-fi móvel do apartamento, que sempre levávamos junto.
Bateria reserva para câmera
- A câmera que eu levei funcionava à bateria e descarregava bem rápido,
então antes de viajar eu comprei uma bateria reserva pra ficar
revezando e fazer a câmera aguentar mais tempo ligada. Sem isso eu teria
perdido muitas fotos boas, com certeza.
Meias inteiras - Não sei vocês, mas eu tenho várias meias com furinhos nos dedos, mas isso não me impede de usá-las. Só que no Japão, como são muuuitas as vezes em que é preciso tirar os sapatos (principalmente se você gosta de templos e castelos, como eu), é bom levar umas meias mais inteirinhas pra não passar vergonha.
Meias inteiras - Não sei vocês, mas eu tenho várias meias com furinhos nos dedos, mas isso não me impede de usá-las. Só que no Japão, como são muuuitas as vezes em que é preciso tirar os sapatos (principalmente se você gosta de templos e castelos, como eu), é bom levar umas meias mais inteirinhas pra não passar vergonha.
Pasta - Bem mais simples, mas igualmente útil, pelo menos pra nós. Eu levei uma pasta pequena com divisórias e meu irmão uma pasta normal mesmo. Nós usávamos pra guardar coisas importantes como o seguro de viagem, o keikaku (plano) da viagem e notas fiscais das coisas que comprávamos, mas também pra coisas pra levar de lembrança como os ingressos dos lugares que visitávamos e panfletos.
Claro que nada impede você de só comprar todas essas coisas lá no Japão, mas levando antes, nós economizamos tempo e dinheiro. É sempre bom conferir também os itens que são proibidos nas bagagens e os limites de peso e dimensões das bagagens da empresa aérea que você estiver utilizando.
O Caminho até o Japão
Planejamento feito, passagem comprada, estadia reservada, visto tirado e malas prontas, só resta esperar até a data da viagem. No dia, é bom chegar com pelo menos 4 horas de antecedência no aeroporto para dar tudo certo. No nosso caso, o embarque seria às 19h, partindo do aeroporto de Guarulhos, mas como não somos de São Paulo, saímos de nossa cidade às 8h da manhã e passamos o dia no aeroporto para evitar imprevistos.Por ser muito longe do Brasil, o voo até Japão acaba sendo muito longo, podendo durar até mais de 48h dependendo da situação, e tem pelo menos 1 parada em outro país. Nós até que tivemos sorte porque o nosso primeiro voo, de São Paulo a Frankfurt, levou cerca de 12h e o segundo voo, de Frankfurt a Osaka, levou mais 12h, totalizando cerca de 24h (sem contar o tempo de espera em Frankfurt, que foi umas 2h), um tempo muito bom para uma viagem ao Japão.
Como o voo é longo, é bom levar coisas pra se distrair, como um livro, um filme, músicas, etc. Em voos internacionais os assentos costumam ter telinhas também, onde é possível ver uma seleção de filmes, séries e documentários. Eu lembro que levei um episódio do anime Yuri on Ice e o filme Porco Rosso, dos Studios Ghibli, no meu tablet. Também levei uma seleção de músicas pra entrar no clima da viagem e assisti alguns documentários sobre o Japão na telinha do meu assento. Em cada voo foram servidos refeições e lanches também e o serviço de bordo era muito bom.
Jantas dos nossos voos com a Lufthansa |
Ainda assim foi uma viagem super cansativa, porque eram muitas horas sem nada pra fazer. Por isso, é muito importante também levantar de vez em quando para esticar as pernas, já que o voo é muito longo, mas na maior parte do tempo eu tentava dormir mesmo. Como eu tenho sono leve, se começassem turbulências eu já acordava, mas eu senti que nesses aviões maiores chacoalha bem menos e também é menos barulhento do que os aviões menores que eu estava acostumada em voos dentro do Brasil. O bom é que quando aterrissamos, parece que todo o cansaço foi embora e a empolgação tomou conta de nós. Estávamos no Japão!
Lá no Japão
A primeira coisa que você tem que fazer ao descer do avião é preencher um formulário com algumas informações sobre você e sobre onde vai ficar. Então, se estiver tudo ok, você recebe o carimbo no passaporte e está pronto pra sair e explorar o Japão! Nessa parte do post eu vou falar de alguns aspectos importantes de quando você estiver no Japão e mais algumas dicas que podem facilitar a viagem.Língua
Sobre a língua, a dica que eu tenho é, se você não sabe nada de japonês e pretende se virar lá sozinho, eu sugiro começar a aprender pelo menos o básico de vocabulário e expressões usadas em viagem. Existem alguns japoneses que falam inglês, mas a maioria não fala (e os que falam costumam ter uma pronúncia bem diferente), então eu acho que a comunicação fica bem difícil se você não souber nada. Vou deixar um vídeo aqui que eu acho muito engraçado e mostra bem como o inglês dos japoneses é diferente:
Quando eu e meu irmão fomos ele tinha o nível 5 de proficiência em japonês, que é o mais básico, e eu tinha o nível 4, que é entre o básico e o intermediário, e nós nos viramos bem. E eu acredito que com menos que isso é possível se virar bem também porque os japoneses são bem atenciosos e tentam te entender. O importante é saber algumas frases básicas como "Quanto custa?" ou "Como chegar até tal lugar?", etc. Existem vários sites com materiais pra estudar japonês básico por aí, então não vou me ater muito a isso nesse post, mas só pra citar algum, tem o curso de japonês gratuito do site da NKH e, pra quem estuda em universidade federal, tem os cursos presenciais gratuitos do Idioma sem Fronteiras.
Transporte
O transporte no Japão é maravilhoso e funciona muito bem. Mas por ter tantas opções de transporte é bem fácil acabar se perdendo, principalmente nas grandes estações de trem. Uma coisa que ajuda muito, como eu já comentei na parte 1, é planejar e pesquisar com antecedência, pode ser no google mesmo ou em algum site mais específico, como ir de um lugar a outro, que trem ou ônibus pegar, de que linha, em qual horário e onde descer. Tendo essas informações você economiza bastante tempo e tem menos risco de se perder e ir parar no lugar errado.
Se você pretende fazer uma viagem longa como a nossa e passar por muitas cidades, outra coisa que vale à pena é comprar o Japan Rail Pass, que é um passe de trem que permite que você viaje quantas vezes quiser em quase todos os trens da JR, a maior empresa de trens do Japão. Existe o passe de 7 dias, de 14 e de 21. Esse passe só pode ser adquirido por estrangeiros e não é vendido dentro do Japão, então é preciso comprar antes de viajar. Tem agências de viagem que vendem e também sites. Nós compramos o passe de 14 dias no site japan-rail-pass.com e veio direitinho, dentro do prazo e ainda com uns brindes como mapas e guias de trens. Pode parecer algo bem caro à primeira vista, mas quando se pretende visitar muitas cidades vale muito à pena, já que inclui os shinkansen (trens bala), que costumam ser mais caros já que são mais rápidos. Então sem o passe ou a viagem seria bem mais cara ou seria bem mais lenta.
Ônibus nós usamos poucas vezes, mas todas foram ótimas também, principalmente em cidades turísticas como Kyoto e Sendai, em que os ônibus tinham informações em outras línguas. Muitas cidades também tem passes de 1 ou 2 dias para usar os ônibus ou o metrô quantas vezes quiser. Alguns deles até dão desconto em atrações turísticas, como o Amazing Pass de Osaka, e normalmente eles podem ser comprados nas estações de trem ou perto delas. Aproveitar todos esses passes acaba barateando bastante o transporte na viagem. Lembrando que antes de sair comprando é sempre bom fazer as contas pra saber se vale à pena de acordo com os lugares que você pretende visitar.
Comida
Antes de viajar nós ouvimos falar que a comida no Japão era cara, por isso e porque nós pretendíamos ir em alguns restaurantes diferentes como o Maid Cafe, nós levamos bastante dinheiro pra comida. E acabou sobrando! Mesmo comendo várias coisas gostosas, é fácil gastar pouco com comida se você aproveitar essas 5 dicas de lugares com comida barata e rápida:
1. A primeira dica são as konbini, as lojas de conveniência. Diferente das daqui, elas são realmente convenientes! Nas cidades grandes, tem uma (ou mais) em cada esquina, elas ficam abertas 24h e vendem de tudo, desde comida e itens de higiene a guarda chuva e roupa íntima. Além disso normalmente nas konbinis dá pra imprimir coisas e comprar ingressos de eventos também. Mas comida é realmente o que mais tem, por isso é muito prático pela quantidade de opções. Tem até alguns pratos prontos e eles esquentam na hora se você já quiser ir comendo. A maior parte dos nossos lanchinhos, principalmente de manhã eram de konbini e algumas vezes compramos pratos prontos também. Existem várias redes de kobini no Japão, mas as mais famosas são 7-Eleven, Lawson e Family Mart. A nossa favorita sem dúvida era a Lawson, até porque tinha uma na esquina do apartamento de Osaka e também foi onde compramos nossos ingressos pra shows, pro Museu Ghibli e pra exposição de Touken Ranbu. O sanduíche deles também era o melhor pra mim!
2. A segunda dica é ir nos restaurantes Matsuya, Yoshinoya e Sukiya. Os três são redes de restaurantes muito famosas, com várias filiais por todo país e que servem comida japonesa de forma rápida e barata. A especialidade deles é gyudon, uma tigela de arroz com carne bovina e cebola por cima, mas eles também oferecem várias outras opções. Eu, por exemplo, costumava pedir uma tigela de arroz, um salmão e uma salada e ainda vinha uma sopa de misso e chá grátis, era muito bom. É possível pedir combos ou fazer sua própria combinação de pratos e normalmente a escolha e o pagamento são feitos em máquinas na entrada dos restaurantes. No Matsuya fomos várias vezes porque tinha um bem na esquina do apartamento de Osaka (quase do lado da Lawson) e era 24h, então era muito prático quando chegávamos tarde. Yoshinoya também fomos bastante porque tem em tudo que é lugar e Sukiya sei que fomos pelo menos alguma vez também. É comida japonesa gostosa e com preço bom.
3. A terceira dica é ramen! O prato consiste em um caldo quente com macarrão e outras coisas, é um dos mais populares no Japão e é possível encontrar restaurantes em tudo que é lugar servindo os mais diversos tipos de ramen por preços variados. Tem shoppings até com uma praça de alimentação separada só pra restaurantes de ramen, e também um museu em Yokohama dedicado a esse prato. Nem recomendo algum restaurante específico porque normalmente é muito fácil encontrar ramens bons e baratos. Os principais tipos de ramen se diferenciam no caldo, mas também tem outras formas de diferenciar, como pela espessura da massa e pelos acompanhamentos. É fácil se perder no início com tantas variedades, mas por isso é legal ir experimentando um ramen diferente a cada lugar que visita. Foi o primeiro prato que nós comemos no Japão e também o último, e sem dúvida foi o prato que nós mais comemos. Meu irmão chegou experimentar vários os tipos de caldo e até comprou um livro sobre ramen. O meu caldo favorito foi o tonkotsu, que é à base de ossos de porco e eu achei suave e gostoso, comi várias vezes.
4. A quarta dica é Famiresu, diminutivo de Family Restaurant, os Restaurantes pra Famílias, que são restaurantes casuais que atendem pessoas de todas as idades, especialmente famílias, por isso o nome. Existem várias redes de Famiresu e eles costumam servir tanto pratos japoneses quanto pratos ocidentais e muitos também tem a opção de refil de refrigerante estilo Burger King. Os preços costumam ser bons e os pedidos chegam relativamente rápido também. As principais redes são Denny's, Gusto, Royal Host, Jonathan's, Saizeriya, Joyfull, Bikkuri Donkey, Big Boy, COCO'S e Bamiyan e a nossa favorita com certeza é a Gusto! Nós fomos umas 3 vezes lá, comendo coisas diferentes e era tudo muito bom. O fato da atmosfera do lugar ser muito parecida com a do anime Working (que é sobre um famiresu) ajudou também. E outro que nós fomos e tivemos uma ótima experiência foi o Royal Host, que justamente estava tendo uma colaboração com Working naquele dia. Mas enfim, é uma ótima opção se você está com uma vontade de pratos mais ocidentais mas não tão fast food e um ambiente super agradável por um preço bacana.
5. E por último, a quinta dica é ekiben, os bentos (marmitas) que você pode comprar em barraquinhas nas plataformas das estações de trem (principalmente shinkansen). Tem ekiben de vários tipos, alguns super caros, mas tem os baratos também e a vantagem principal do ekiben é economizar tempo, já que você pode comer no trem. Tem japoneses mais conservadores que acham falta de educação comer no trem, mas nos shinkansens, principalmente, tem até mesinhas acopladas na parte de trás dos bancos da frente especialmente pras pessoas fazerem refeições, então muitos japoneses, especialmente os mais atarefados, aproveitam e comem nos trens. Nós sempre fazíamos lanches nos shinkansens, mas ekiben mesmo só compramos uma vez. Nós não gostamos muito pra falar a verdade, mas talvez os que nós escolhemos não fossem tão bons e depende do gosto de cada um também, por isso eu ainda deixo essa dica aqui, pra quem tiver fome entre um trem e outro e quiser algo rápido e barato. Mesmo que seja só pela experiência, acho que vale à pena.
Claro que também tem as redes de fast food que nós conhecemos bem por aqui como os McDonalds e Burger Kings da vida, mas acho que o legal mesmo é explorar lugares diferentes, por isso não falei muito deles aqui. E não tem problema nenhum em deixar de ir nesses lugares baratos alguns dias para se aventurar em restaurantes mais caros, nós mesmos fizemos isso algumas vezes. A questão é saber equilibrar tudo e usar essas dicas principalmente quando falta tempo e dinheiro!
Compras
Falando em dinheiro, outra coisa que faz toda a diferença é saber como administrá-lo e eu não quero falar só de onde gastar e como gastar, mas também de onde fazer o câmbio! Como eu já comentei lá em cima, sai muito mais em conta trocar reais por dólares aqui no Brasil e levar esses dólares pro Japão. Mas onde trocar esses dólares por yen lá? Isso é algo que meu irmão pesquisou bastante antes de irmos e trocando em aeroportos ou naquelas máquinas de câmbio que são facilmente encontradas, as taxas acabam sendo altas. Foi aí que ele encontrou a Daikokuya (não confunda com o restaurante de ramen de mesmo nome), que é tipo uma loja de penhores que vende joias, relógios, bolsas e sapatos de marca e ingressos pra eventos, entre outras coisas. Mas o que nos interessa aqui é que além disso, em algumas lojas eles também fazem o serviço de câmbio e as taxas deles costumam ser muito melhores que as dos outros lugares, então a gente acaba economizando ao fazer o câmbio com eles. Vou deixar também aqui uma lista (em japonês) das lojas deles que fazem esse serviço. Elas normalmente são todas laranjas e chamam bastante atenção e pra saber se eles fazem o serviço de câmbio é só procurar pelas palavras 外貨両替 (troca de moeda estrangeira).
Outra forma de economizar na hora de fazer compras é ir nas lojas de 100 yen, que são lojas que vendem de tudo e tudo custa 100 yen (mais ou menos 3 reais). As redes de lojas mais famosas são a Daiso, a Can Do e a Seria e elas tem filiais por todo o país. Nesse tipo de loja você encontra itens pra cozinha, itens de jardinagem, coisas pra casa em geral, acessórios, maquiagem, ferramentas, papelaria, lembrancinhas e mais um monte de coisa, é muito prático! Quando nós fomos na Daiso de Harajuku, que é uma das maiores, nós saímos cada um com um sacolão de tantas coisas legais que tinha e gastamos muito pouco. Tem também umas variações como as lojas de 300 yen, em que tudo custa 300 yen, que mesmo sendo um pouco mais, ainda é muito em conta. As mais famosas são a 3Coins, a Mikazuki Momoko e a CouCou. Essas duas últimas em especial vendem acessórios muito fofos.
Então é isso! Eu separei os posts em parte 1 e parte 2 pra não ficar tão comprido, mas no fim esse ficou muito maior que o outro! Mas eu precisava falar de tudo e isso e dar essas dicas, porque eu acho que elas realmente fizeram diferença na nossa viagem.
Escrever esse post me deu muita saudade! Quero poder ir de novo logo! Espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever!
Transporte
O transporte no Japão é maravilhoso e funciona muito bem. Mas por ter tantas opções de transporte é bem fácil acabar se perdendo, principalmente nas grandes estações de trem. Uma coisa que ajuda muito, como eu já comentei na parte 1, é planejar e pesquisar com antecedência, pode ser no google mesmo ou em algum site mais específico, como ir de um lugar a outro, que trem ou ônibus pegar, de que linha, em qual horário e onde descer. Tendo essas informações você economiza bastante tempo e tem menos risco de se perder e ir parar no lugar errado.
Se você pretende fazer uma viagem longa como a nossa e passar por muitas cidades, outra coisa que vale à pena é comprar o Japan Rail Pass, que é um passe de trem que permite que você viaje quantas vezes quiser em quase todos os trens da JR, a maior empresa de trens do Japão. Existe o passe de 7 dias, de 14 e de 21. Esse passe só pode ser adquirido por estrangeiros e não é vendido dentro do Japão, então é preciso comprar antes de viajar. Tem agências de viagem que vendem e também sites. Nós compramos o passe de 14 dias no site japan-rail-pass.com e veio direitinho, dentro do prazo e ainda com uns brindes como mapas e guias de trens. Pode parecer algo bem caro à primeira vista, mas quando se pretende visitar muitas cidades vale muito à pena, já que inclui os shinkansen (trens bala), que costumam ser mais caros já que são mais rápidos. Então sem o passe ou a viagem seria bem mais cara ou seria bem mais lenta.
Principais linhas de trem que você pode usar com o Japan Rail Pass |
Ônibus nós usamos poucas vezes, mas todas foram ótimas também, principalmente em cidades turísticas como Kyoto e Sendai, em que os ônibus tinham informações em outras línguas. Muitas cidades também tem passes de 1 ou 2 dias para usar os ônibus ou o metrô quantas vezes quiser. Alguns deles até dão desconto em atrações turísticas, como o Amazing Pass de Osaka, e normalmente eles podem ser comprados nas estações de trem ou perto delas. Aproveitar todos esses passes acaba barateando bastante o transporte na viagem. Lembrando que antes de sair comprando é sempre bom fazer as contas pra saber se vale à pena de acordo com os lugares que você pretende visitar.
Comida
Antes de viajar nós ouvimos falar que a comida no Japão era cara, por isso e porque nós pretendíamos ir em alguns restaurantes diferentes como o Maid Cafe, nós levamos bastante dinheiro pra comida. E acabou sobrando! Mesmo comendo várias coisas gostosas, é fácil gastar pouco com comida se você aproveitar essas 5 dicas de lugares com comida barata e rápida:
1. A primeira dica são as konbini, as lojas de conveniência. Diferente das daqui, elas são realmente convenientes! Nas cidades grandes, tem uma (ou mais) em cada esquina, elas ficam abertas 24h e vendem de tudo, desde comida e itens de higiene a guarda chuva e roupa íntima. Além disso normalmente nas konbinis dá pra imprimir coisas e comprar ingressos de eventos também. Mas comida é realmente o que mais tem, por isso é muito prático pela quantidade de opções. Tem até alguns pratos prontos e eles esquentam na hora se você já quiser ir comendo. A maior parte dos nossos lanchinhos, principalmente de manhã eram de konbini e algumas vezes compramos pratos prontos também. Existem várias redes de kobini no Japão, mas as mais famosas são 7-Eleven, Lawson e Family Mart. A nossa favorita sem dúvida era a Lawson, até porque tinha uma na esquina do apartamento de Osaka e também foi onde compramos nossos ingressos pra shows, pro Museu Ghibli e pra exposição de Touken Ranbu. O sanduíche deles também era o melhor pra mim!
Lawson |
2. A segunda dica é ir nos restaurantes Matsuya, Yoshinoya e Sukiya. Os três são redes de restaurantes muito famosas, com várias filiais por todo país e que servem comida japonesa de forma rápida e barata. A especialidade deles é gyudon, uma tigela de arroz com carne bovina e cebola por cima, mas eles também oferecem várias outras opções. Eu, por exemplo, costumava pedir uma tigela de arroz, um salmão e uma salada e ainda vinha uma sopa de misso e chá grátis, era muito bom. É possível pedir combos ou fazer sua própria combinação de pratos e normalmente a escolha e o pagamento são feitos em máquinas na entrada dos restaurantes. No Matsuya fomos várias vezes porque tinha um bem na esquina do apartamento de Osaka (quase do lado da Lawson) e era 24h, então era muito prático quando chegávamos tarde. Yoshinoya também fomos bastante porque tem em tudo que é lugar e Sukiya sei que fomos pelo menos alguma vez também. É comida japonesa gostosa e com preço bom.
Comida no Yoshinoya |
3. A terceira dica é ramen! O prato consiste em um caldo quente com macarrão e outras coisas, é um dos mais populares no Japão e é possível encontrar restaurantes em tudo que é lugar servindo os mais diversos tipos de ramen por preços variados. Tem shoppings até com uma praça de alimentação separada só pra restaurantes de ramen, e também um museu em Yokohama dedicado a esse prato. Nem recomendo algum restaurante específico porque normalmente é muito fácil encontrar ramens bons e baratos. Os principais tipos de ramen se diferenciam no caldo, mas também tem outras formas de diferenciar, como pela espessura da massa e pelos acompanhamentos. É fácil se perder no início com tantas variedades, mas por isso é legal ir experimentando um ramen diferente a cada lugar que visita. Foi o primeiro prato que nós comemos no Japão e também o último, e sem dúvida foi o prato que nós mais comemos. Meu irmão chegou experimentar vários os tipos de caldo e até comprou um livro sobre ramen. O meu caldo favorito foi o tonkotsu, que é à base de ossos de porco e eu achei suave e gostoso, comi várias vezes.
Tonkotsu Ramen de um restaurante do Aeroporto de Haneda |
4. A quarta dica é Famiresu, diminutivo de Family Restaurant, os Restaurantes pra Famílias, que são restaurantes casuais que atendem pessoas de todas as idades, especialmente famílias, por isso o nome. Existem várias redes de Famiresu e eles costumam servir tanto pratos japoneses quanto pratos ocidentais e muitos também tem a opção de refil de refrigerante estilo Burger King. Os preços costumam ser bons e os pedidos chegam relativamente rápido também. As principais redes são Denny's, Gusto, Royal Host, Jonathan's, Saizeriya, Joyfull, Bikkuri Donkey, Big Boy, COCO'S e Bamiyan e a nossa favorita com certeza é a Gusto! Nós fomos umas 3 vezes lá, comendo coisas diferentes e era tudo muito bom. O fato da atmosfera do lugar ser muito parecida com a do anime Working (que é sobre um famiresu) ajudou também. E outro que nós fomos e tivemos uma ótima experiência foi o Royal Host, que justamente estava tendo uma colaboração com Working naquele dia. Mas enfim, é uma ótima opção se você está com uma vontade de pratos mais ocidentais mas não tão fast food e um ambiente super agradável por um preço bacana.
Tonkatsu, Karaage e Batata Frita no Gusto |
5. E por último, a quinta dica é ekiben, os bentos (marmitas) que você pode comprar em barraquinhas nas plataformas das estações de trem (principalmente shinkansen). Tem ekiben de vários tipos, alguns super caros, mas tem os baratos também e a vantagem principal do ekiben é economizar tempo, já que você pode comer no trem. Tem japoneses mais conservadores que acham falta de educação comer no trem, mas nos shinkansens, principalmente, tem até mesinhas acopladas na parte de trás dos bancos da frente especialmente pras pessoas fazerem refeições, então muitos japoneses, especialmente os mais atarefados, aproveitam e comem nos trens. Nós sempre fazíamos lanches nos shinkansens, mas ekiben mesmo só compramos uma vez. Nós não gostamos muito pra falar a verdade, mas talvez os que nós escolhemos não fossem tão bons e depende do gosto de cada um também, por isso eu ainda deixo essa dica aqui, pra quem tiver fome entre um trem e outro e quiser algo rápido e barato. Mesmo que seja só pela experiência, acho que vale à pena.
Ekiben |
Claro que também tem as redes de fast food que nós conhecemos bem por aqui como os McDonalds e Burger Kings da vida, mas acho que o legal mesmo é explorar lugares diferentes, por isso não falei muito deles aqui. E não tem problema nenhum em deixar de ir nesses lugares baratos alguns dias para se aventurar em restaurantes mais caros, nós mesmos fizemos isso algumas vezes. A questão é saber equilibrar tudo e usar essas dicas principalmente quando falta tempo e dinheiro!
Compras
Falando em dinheiro, outra coisa que faz toda a diferença é saber como administrá-lo e eu não quero falar só de onde gastar e como gastar, mas também de onde fazer o câmbio! Como eu já comentei lá em cima, sai muito mais em conta trocar reais por dólares aqui no Brasil e levar esses dólares pro Japão. Mas onde trocar esses dólares por yen lá? Isso é algo que meu irmão pesquisou bastante antes de irmos e trocando em aeroportos ou naquelas máquinas de câmbio que são facilmente encontradas, as taxas acabam sendo altas. Foi aí que ele encontrou a Daikokuya (não confunda com o restaurante de ramen de mesmo nome), que é tipo uma loja de penhores que vende joias, relógios, bolsas e sapatos de marca e ingressos pra eventos, entre outras coisas. Mas o que nos interessa aqui é que além disso, em algumas lojas eles também fazem o serviço de câmbio e as taxas deles costumam ser muito melhores que as dos outros lugares, então a gente acaba economizando ao fazer o câmbio com eles. Vou deixar também aqui uma lista (em japonês) das lojas deles que fazem esse serviço. Elas normalmente são todas laranjas e chamam bastante atenção e pra saber se eles fazem o serviço de câmbio é só procurar pelas palavras 外貨両替 (troca de moeda estrangeira).
Daikokuya |
Outra forma de economizar na hora de fazer compras é ir nas lojas de 100 yen, que são lojas que vendem de tudo e tudo custa 100 yen (mais ou menos 3 reais). As redes de lojas mais famosas são a Daiso, a Can Do e a Seria e elas tem filiais por todo o país. Nesse tipo de loja você encontra itens pra cozinha, itens de jardinagem, coisas pra casa em geral, acessórios, maquiagem, ferramentas, papelaria, lembrancinhas e mais um monte de coisa, é muito prático! Quando nós fomos na Daiso de Harajuku, que é uma das maiores, nós saímos cada um com um sacolão de tantas coisas legais que tinha e gastamos muito pouco. Tem também umas variações como as lojas de 300 yen, em que tudo custa 300 yen, que mesmo sendo um pouco mais, ainda é muito em conta. As mais famosas são a 3Coins, a Mikazuki Momoko e a CouCou. Essas duas últimas em especial vendem acessórios muito fofos.
Daiso Harajuku |
Então é isso! Eu separei os posts em parte 1 e parte 2 pra não ficar tão comprido, mas no fim esse ficou muito maior que o outro! Mas eu precisava falar de tudo e isso e dar essas dicas, porque eu acho que elas realmente fizeram diferença na nossa viagem.
Escrever esse post me deu muita saudade! Quero poder ir de novo logo! Espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever!
Ainda não leu a parte 1? Acesse aqui.
Até!
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