Olá!!
Primeiro post do ano finalmente! É muito bom estar de volta!
Esse é o 5º dia da viagem que eu e meu irmão realizamos no final de 2018 e, nesse dia, nós fomos na cidade de Suzhou, que é muito conhecida pelos seus vários jardins! Eu cheguei a perder a conta de quantas vezes eu disse "Que lugar bonito!!!" nesse dia. Vocês vão amar também.
18 de Dezembro, terça-feira
A Colina do Tigre
Acordamos bem cedo, por volta das 6h da manhã, no nosso hotel em Shanghai, pra fazer um bate e volta em Suzhou. Caminhamos pela avenida ainda deserta e escura até a estação de metrô e de lá fomos até a estação de trem de Shanghai. Nosso trem saiu às 6h20 e chegou em Suzhou por volta das 7h. Ao chegar lá, levamos um tempinho pra encontrar o ônibus certo já que era nosso primeiro ônibus na China, mas conseguimos, e foi mais meia hora até chegar na entrada da Colina do Tigre, que era numa parte mais afastada da cidade.
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Ônibus para a Colina do Tigre |
A Colina do Tigre (em chinês, Hu Qiu) é uma área famosa na cidade pelo seu valor histórico e beleza natural. Ela leva esse nome por causa de uma lenda que diz que um tigre teria se sentado perto do túmulo do rei Helu, que fica na colina, após seu funeral. Nós chegamos e na entrada já dava pra ver ao longe a principal atração da colina, um pagode octogonal com 7 andares e mais de mil anos, símbolo da cidade. Mas até chegar lá tivemos que dar uma caminhadinha, atravessando pontes e subindo lombas e escadas. Foi um caminho muito gostoso. A mistura da vegetação com as rochas e com a arquitetura tradicional era tão linda! Eu estava encantada!
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Caminho para Hu Qiu
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Casas no caminho
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Lago no caminho
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Tirando foto da entrada
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Entrada da Colina do Tigre
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Mais um lago e barquinhos
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Lombinha pra chegar na torre
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Pavilhão no caminho
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Quase chegando na torre |
Como a colina não é tão alta, em pouco tempo chegamos na torre. Ela já estava inclinada de tão antiga e, por questões de segurança, os visitantes não podem entrar. Mas a paisagem em volta dela já é muito bonita, então nós ficamos um tempo sentados e admirando a vista enquanto fazíamos uma pausa para lanchar. O bom de ir de manhã cedo é que estava bem vazio, só tinha alguns velhinhos praticando taichi ou conversando, então foi um passeio extremamente relaxante. Eu me senti na China antiga mesmo. Existe um poema chinês que diz que é uma lástima visitar Suzhou e não visitar a Colina do Tigre e, nossa, ele tem razão! Que lugar bonito!
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Torre da Colina do Tigre
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Dentro da torre havia altares com oferendas a deuses
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Vista do topo da colina
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Dando a volta na torre, dava pra ver o quão inclinada ela estava
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Descendo a escadaria
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Amplo jardim em frente à torre
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Torre vista do jardim
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Que lugar bonito! |
Rua Shantang
Descemos a colina e fomos caminhando às margens do Rio Shantang, pela rua que leva o mesmo nome. É por causa dos vários rios que cruzam Suzhou, que a cidade também é conhecida como Veneza do Oriente. Eu nunca fui à Veneza, mas acredito que Suzhou realmente tenha um charme parecido. As casinhas com arquitetura tradicional às margens dos rios, as pontes, os barquinhos, é tudo muito pitoresco.
Jardim Liu
Caminhamos mais um pouco e chegamos no Jardim Liu, que em português seria algo como Jardim Persistente, e é um dos jardins mais famosos da China. Ele tem mais de 400 anos e já foi modificado várias vezes pelos diferentes donos que já teve, então é dividido em 4 áreas distintas. Ao longo dessas áreas havia vários pavilhões em meio a muitas árvores, alguns lagos e rochas enormes. Tinha até uma área só com bonsais e áreas internas com móveis antigos. Era enorme e muito bonito.
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Jardim Liu
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Interior de um dos pavilhões
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Mais um pavilhão
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Caminho com bambus
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Mais pavilhões
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Área com bonsais
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Lago |
Panmen
Saindo do jardim, pegamos nosso primeiro táxi na China para ir até o parque do Panmen, um dos antigos portões da cidade. Os carros lá correm bastante e o trânsito é meio caótico, mas chegamos bem. Chegando lá, parecia ser apenas um parque pequeno com um pagode no meio e um pavilhão ao fundo. Ok, a torre era bem bonita, mas depois de ver a Colina do Tigre, não impressionava muito. A surpresa vinha depois.
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Entrada do parque Panmen
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Gatinho passeando pela torre, como ele chegou lá eu não sei
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Pavilhão |
Depois de passarmos pela torre e o pavilhão, encontramos uma paisagem maravilhosa! Mais um pavilhão, dessa vez com 3 andares e na beira de um lago com carpas. Nossa, era muito bonito, parecia que estávamos em um lugar místico. Tinha todo um caminho coberto para chegar até o pavilhão e a vista dele da torre era muito mais bonita do que da entrada do parque. A Colina do Tigre era bem maior, mas depois de ver essa paisagem, percebi que o Panmen era tão bonito quanto. Assim como não se pode julgar um livro pela capa, não dá pra julgar um jardim pela entrada.
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Visão do paraíso
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Caminho coberto
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Pavilhão de três andares
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Torre vista da escadaria
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Senhor alimentando as carpas
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Ponte cruzando o lago |
Almoço
Já passava do meio dia quando saímos do Panmen, então fomos caminhando pela rua, procurando um lugar pra almoçar. Em uma das esquinas que passamos, vimos um restaurante grande, com bastante gente e que parecia ser bem tradicional. Entramos e fomos bem atendidos, com garçons animados por receber estrangeiros ali. O cardápio era bem variado e tinha fotos de todos os pratos, então aproveitamos pra pedir várias coisas. Era
engraçado que enquanto um dos garçons nos atendia, vários outros ficavam em
volta olhando admirados, talvez só por curiosidade, talvez para aprender
a atender estrangeiros.
Outra coisa que eu acredito não ter sido coincidência, foi que nos colocaram em uma mesa bem perto da entrada e visível do lado de fora, como que para atrair clientes "Afinal, se até estrangeiros vêm aqui é sinal que a comida é boa." E era boa mesmo. Comemos um macarrão chinês, um frango que veio até com a cabeça, uns vegetais com molho picante que vinham ainda no fogo e uma sopa de wonton, que é tipo uma massa com recheio de carne.
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Nosso almoço |
Jardim Shizilin
Muito bem alimentados seguimos caminhando para o próximo jardim, o Jardim Shizilin, que pode ser traduzido para o português como Bosque do Leão. Ele leva esse nome devido às várias rochas espalhadas pelo jardim que dizem se assemelhar a leões. Se você olhar com um pouco de imaginação, até que consegue ver alguns. Além das rochas, que formavam caminhos quase labirínticos, havia vários pavilhões, bambuzais e um lago bem grande no centro. Caminhamos um pouco por lá e seguimos para o último jardim do dia.
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Jardim Shizilin
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Interior de um dos pavilhões do jardim
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Bambuzais
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Grande rocha em frente a um pavilhão
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Lago no centro do jardim com diversas rochas em volta |
Jardim Zhuozheng
Deixamos para o fim o jardim mais famoso da cidade, o Jardim Zhuozheng, ou Jardim do Administrador Humilde, em português. Ganhou esse nome curioso porque seu criador era um oficial do governo que se aposentou e resolveu criar um jardim para viver uma vida simples cultivando plantas. Apesar do nome, pra mim, ele não tinha nada de humilde, era o maior e mais visitado jardim de Suzhou e tinha muitos pavilhões super detalhados onde era possível sentar e admirar a ampla paisagem com vários lagos e muita vegetação. Ficamos lá até umas 17h, quando estava começando a escurecer.
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Jardim Zhuozheng
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Pavilhões perto do lago
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Jardim Zhuozheng
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Jardim visto de uma parte mais elevada
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Pavilhões em meio ao lago
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Mais pavilhões na beira do lago
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Pavilhão todo vermelho com janelas de vitrais
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Ponte atravessando o lago
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Pequeno pavilhão de dois andares
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Portal em forma de lua
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Hora de ir embora |
Rua Pingjiang e Rua Guanqian
Depois, saímos a caminhar pelas ruas para olhar lojas e procurar um lugar para jantar. A primeira rua pela qual andamos foi a Pingjiang, que cruzava vários rios da cidade, proporcionando uma vista bem bonita, ainda mais à noite, com os prédios iluminados. Passamos por várias lojinhas com produtos tradicionais e a primeira que paramos era uma loja de ervas de chá, na qual os vendedores ofereciam provinhas na porta para quem passava. Paramos pra provar e eram bem gostosos mesmo e os vendedores eram bem simpáticos, até usaram um app de tradução pra conversar com a gente. Mas teve um equívoco na tradução dizendo que 1 grama de chá valia 1.2 yuan. Logo, como parecia barato, pedimos bastante, mas na verdade 1 grama valia muito mais, então no fim acabamos pegando só um pouquinho.
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Rio cruzando a rua Pingjiang
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Lojas pela rua
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Mais um lago atravessando a rua
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Prédios iluminados na beira do rio
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Prédios iluminados na beira do rio |
Continuamos a caminhar pelas ruas até chegar na Rua Guanqian, uma rua só para pedestres marcada por um arco bem grande na entrada e é tipo o centro da cidade com várias lojas grandes, restaurantes e bastante movimento de pessoas. Nós andamos bastante, por cerca de 1h procurando algo pra comer, sempre com algum receio da comida ser apimentada demais. Resolvemos entrar num prédio grande com vários restaurantes e acabamos encontrando uma Saizeriya, que é uma franquia de restaurantes do Japão com pratos inspirados na culinária italiana. Como estava tarde e estávamos com fome, decidimos que seria ali mesmo, assim não tinha erro. Eu comi uma massa com camarão e meu irmão comeu um arroz temperado com camarão. Estava bem gostoso. Depois de comer, fomos pra estação de trem e voltamos para o nosso hotel em Shanghai.
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Entrada da rua Guanqian
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Rua Guanqian
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Nossa janta |
Suzhou com certeza foi uma das cidades mais bonitas que visitamos.
Qual jardim você mais gostou?
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Que bom que você voltou a postar!
ResponderExcluirAdorei o quinto dia!
Que bom que gostou!
ExcluirEu também estou muito feliz de ter voltado!
É por ler comentários assim que eu me impulsiono a querer escrever mais! Obrigada! ❤
Beijos~