16º e 17º dia - Chegando em Chengdu

Olá!! Feliz ano novo!
Ai ai, mais um longo período sem postar, perdão. Confesso que agora formada e trabalhando 8h por dia está difícil arranjar ânimo para escrever. Eu tenho pensado bastante sobre o futuro do Armazém Otome também, mas ainda não cheguei em uma decisão definitiva...

Mas enfim, tenho que terminar esse diário de viagem pelo menos! Essa postagem conta o 16º e 17º dia da viagem que eu e meu irmão realizamos à China no final de 2018 e eu escolhi deixar dois dias na mesma postagem porque no 16º nós fomos de Wuhan a Chengdu e foi uma viagem de 10h! A maior viagem de trem que já fizemos! Então nós fomos começar a explorar a cidade mesmo no 17º dia. Essa foi uma das minhas cidades favoritas, vem conhecer!

29 de dezembro, sábado

De Wuhan a Chengdu

Saímos de Wuhan bem cedo, uma 5h30 da manhã, para pegar o trem até Chengdu. Seria uma viagem bem longa das 6h30 até 16h30, totalizando 10h dentro do trem! Nós compramos alguns lanches para comer durante esse período e fomos para os nossos lugares marcados. Infelizmente não conseguimos pegar lugares um do lado do outro, cada um teve que ficar em uma fileira de assentos, e eu também não consegui ficar perto da janela pra admirar a paisagem, então foi uma viagem pra dormir bastante e ficar ouvindo música.

Interior do trem bala

Quando chegamos no hotel já era noite, mas estávamos bem empolgados porque conseguimos pegar um hotel 5 estrelas por cerca de 260 reais por noite! O Hotel Dorsett Grand Chengdu! Era minha primeira vez em um hotel assim. Na frente do hotel tinha uma árvore de Natal bem grande e vários carros chiques. A equipe do hotel era bem legal também. Depois que nós fizemos check-in e subimos para o quarto, vimos que era um quarto diferente do que tínhamos reservado porque não tinha banheira, só chuveiro, então meu irmão desceu e explicou a situação e eles prontamente nos trocaram para um quarto maior e com banheira!

Entrada do hotel

O primeiro quarto que nos colocaram

O quarto que nós ficamos depois de falar com o pessoal da recepção

É disso que eu tô falando

Vista do nosso quarto

Quando acabamos essa função já era bem tarde, umas 21h, então nós só passamos num mercado que era bem na frente do hotel e já compramos lanches para o dia seguinte. Voltamos para o quarto e como não sabíamos onde tinha restaurante ali perto e estávamos cansados pra bater perna, resolvemos dar uma olhada no menu de refeições que podíamos pedir no quarto. Era bom que tinha fotos das comidas e o preço não era caro, então eu pedi Dandan Mian, uma sopa com massa, vegetais, carne moída e molho picante, mas eu pedi sem o picante e fiquei muito feliz de finalmente poder comer uma massa que não queima minha língua haha, estava muito bom. 

Dandan Mian

30 de dezembro, domingo

Du Fu

No dia seguinte, acordamos não tão cedo, por volta das 9h e fomos tomar o café da manhã do hotel. Ai que saudade daquele café da manhã! Tinha muitas opções de comida, massas, sopas, carnes, ovos, pães, queijos, frutas, dava pra fazer uma refeição completa ali. Eu peguei dois tipos de pães, queijo, um macarrão estilo yakisoba, frango, ovo frito e ainda comi umas panquecas americanas depois. Ficamos tão bem alimentados que nem íamos precisar almoçar.

Uma parte do meu café da manhã (depois ainda peguei umas panquecas)

Depois do café da manhã reforçado, fomos para nossa primeira atração em Chengdu, o local onde ficava a casa de um dos mais famosos poetas chineses, o Du Fu, da Dinastia Tang (anos 618 a 906). A casa original onde o poeta morava foi destruída, mas em sua homenagem fizeram um parque e um museu no local dedicado a sua vida. O parque era bem grande, com vários pavilhões mostrando a história de Du Fu e seus trabalhos, além de homenagens feitas por outros poetas e artistas. Tudo isso em meio a muitas árvores e lagos. Tinha até uma torre de 4 andares com uma vista muito bonita para o resto do parque. E, por fim, tinha a reconstrução da casa onde o poeta morava, que era bem simples, feita de palha, reproduzindo o local onde ele criou mais de 200 poemas que retratavam a miséria na vida das pessoas comuns da época. Um lugar muito legal de visitar.

Parque dedicado ao Du Fu

Torre de 4 andares

Vista da torre

Ponte

Passarela ligando pavilhões

Estátua de Du Fu em frente ao museu

Outra estátua de Du Fu

Estátua e painel de azulejos com arte dedicada ao Du Fu

Jardim

Reconstrução da casa de palha de Du Fu

Reconstrução da casa de palha de Du Fu

Museu de Sichuan

Depois fomos andando até o Museu de Sichuan, que era ali perto. Sichuan é a província da qual Chengdu é a capital e esse museu é um dos maiores do país, contando com uma área de mais de 12 mil metros quadrados e mais 260 mil itens em exposição. Tinha muitas relíquias históricas, esculturas, pinturas, roupas, então foi bem legal de visitar. Passamos duas horas lá.

Museu de Sichuan

Palácio Qingyang

Andando mais um pouco, fomos até o Palácio Qingyang, o maior e mais antigo templo taoísta de Chengdu e um dos mais famosos da China. O templo original foi construído na Dinastia Tang, mas foi destruído ao longo do tempo e os prédios atuais foram construídos na Dinastia Qing (1644 a 1912). O templo tinha uma arquitetura muito bonita com pavilhões bem ornamentados, cheios de detalhes. E apesar de ficar no meio de uma cidade grande como Chengdu, era um ambiente de muita tranquilidade.

Entrada do Palácio Qingyang

Pavilhão Hunyuan

Pavilhão dos oito diagramas

Pavilhão dos imperadores da dinastia Tang

Janta no hotel

Depois nós fomos na rua Chunxi, que é uma rua para pedestres com várias lojas e, talvez por ser domingo, estava lotadíssima, por isso nem consegui tirar fotos. Nós passeamos um pouco, entramos em algumas lojas, mas resolvemos deixar para jantar no hotel, já que vimos que a comida era boa, e fomos andando até lá. No caminho, nós passamos pela quadra Tianfu, que é bem no centro da cidade e achamos bem legal que tinha um shopping subterrâneo junto a estação de trem abaixo da quadra. Pouco tempo depois, chegamos no hotel.

Shopping subterrâneo em frente ao museu de ciência e tecnologia, na quadra Tianfu

Em contraste com a rua Chunxi, o restaurante do nosso hotel estava bem vazio e tranquilo. Nós decidimos pedir as principais especialidades de Chengdu, que é conhecida pela culinária muito picante. Pegamos Gongbao Jiding, que é o famoso frango xadrês, só que muito, mas muito mais picante do que o que se encontra no Brasil, Mapo Doufu, que é um tofu com molho picante, Fuqi Feipian, que são tiras finas de carne também com molho picante, Hongyou Chaoshou, que são bolinhos recheados com carne também ao molho picante, e uma leve sopa wonton, com couve chinesa e bolinho de carne, pra amenizar um pouco a picância das outras comidas. Foi um banquete, estava bem gostoso, mas nossa, vocês não tem noção do quão picante era. Foi de longe a comida mais picante que eu comi na vida e mesmo meu irmão, que gosta de comida picante, sofreu pra comer.

Da esquerda para direita, Fuqi Feipian, Gongbao Jiding e Mapo Doufu, acima Wonton e abaixo nas duas tigelas menores Hongyou Chaoshou 

Muito bem aquecidos com essa comida, nós voltamos para nosso quarto para dormir. 
O próximo dia será o último de 2018. E nós passamos esse dia visitando duas grandes atrações de Chengdu: pandas e ópera! Acompanhem!

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