11º dia - Miyajima & Hiroshima: de Momiji Manju a Okonomiyaki

Olá!~
Este é o 11º dia da viagem que eu e meu irmão fizemos ao Japão no final do ano passado. Nesse dia nós visitamos a ilha Miyajima e a cidade de Hiroshima e nós começamos e terminamos o dia com duas especialidades culinárias muito gostosas, que dão nome a este post.

20 de Dezembro de 2016, Terça-feira

Momiji Manju e Senjokaku

Pegamos dois trens e então uma balsa para chegar à ilha Miyajima, também conhecida como Itsukushima. Do barco já era possível ver o principal ponto turístico da ilha, o torii sobre a água do templo Itsukushima. Quando nós chegamos, de manhã bem cedo, ainda era possível ver a areia em volta do torii, mas conforme o horário, a água do mar vai subindo fazendo parecer que ele flutua sobre ela. Como queríamos mesmo ver essa paisagem, deixamos para visitar o templo mais tarde.

Balsa chegando para nos buscar

Dentro da balsa

Vista da balsa chegando em Miyajima

Fomos caminhando por uma borda da ilha e vendo algumas lojas abrirem. Numa delas, compramos um doce característico da região: o momiji manju, um bolinho em formato de folha de outono com recheio de feijão doce geralmente, mas que pode ter outros sabores também. Nós compramos o tradicional de feijão doce e o de chocolate e sentamos num banco perto do torii apreciando a vista enquanto comíamos. Os dois eram muito bons! O que me surpreendeu, porque eu não gosto muito de feijão doce, mas com esse bolinho ficou bem gostoso. E o de chocolate, obviamente, ficou ótimo também.

Momiji Manju

Seguimos andando e encontramos veadinhos iguais aos de Nara, mas em menor número e, depois de subir uma escadaria, chegamos até o Senjokaku, o pavilhão de mil tatamis. Ele foi construído a pedido do Toyotomi Hideyoshi (um dos unificadores do Japão), com o propósito de ser um lugar para rezar por soldados mortos. No fim, a construção nunca foi completamente finalizada, mas faz jus ao nome, tendo, de fato, o tamanho de aproximadamente mil tatamis. Ao lado do pavilhão havia também uma linda pagoda.

Veadinhos perto do torii

Com a maré baixa, as pessoas chegam bem perto do torii

Senjokaku

Interior do Senjokaku

Vista da sacada do Senjokaku para o porto

Vista da sacada do Senjokaku para o templo Itsukushima

Pagoda

Daishoin e Itsukushima

Caminhamos a procura do templo Daishoin, mas nos perdemos um pouco e nisso acabamos encontrando uma loja que vendia melon pan (falei dessa comida no 2º dia da viagem) de sabores diferentes. O meu irmão pegou um de sorvete, mas como eu achava que estava muito frio pra sorvete, então eu tive a brilhante ideia de pegar um de presunto, queijo e salada. Estava gostoso, mas melon pan é doce e o resto era salgado e eu não curto muito essas combinações, minha língua fica confusa! 

Melon pan de sorvete de chocolate e melon pan de presunto, queijo e salada

Enquanto comíamos vieram até uns viadinhos nos seguir pedindo comida, mas não podíamos dar porque era doce. Depois de subir uma lomba e uma escadaria, chegamos ao templo budista Daishoin, que ficava numa parte mais alta da ilha. Ele tinha muitas estátuas de variados tipos e tamanhos e por ser mais afastado, tinha bastante verde e uma atmosfera bem agradável. Ainda tivemos a sorte de ver e ouvir um dos monges do templo tocando taiko (tambor japonês) com bastante entusiasmo. 

Caminho para o Daishoin

Pontes para chegar ao Daishoin

Entrada do templo Daishoin

Escadaria

Estátuas que dava pra ver da escadaria

Templo Daishoin

Templo Daishoin

Vista do topo do templo

Vista para o Senjokaku e sua pagoda

Voltamos à borda da ilha e comemos ostras. O meu irmão gostou bastante, mas eu não. Talvez a aparência horrível delas tenha influenciado no meu paladar. Passado um tempo, a água já estava numa altura mais legal de tirar foto, então fomos no templo xintoísta Itsukushima, o motivo dessa ilha ter virado um famoso ponto turístico para japoneses e estrangeiros também. Quando a maré está alta, não só o grande torii, mas todo o templo parece flutuar sobre a água. Nós só podíamos ficar pela manhã ali, então a maré ainda não estava tão alta e era possível ver a areia em algumas partes do templo, mas o torii já estava cercado por água, nos proporcionando uma vista muito agradável.  

Ostras

Torii agora na água

Templo Itsukushima

Entrada do templo

Templo Itsukushima

Templo Itsukushima e Senjokaku ao fundo

Miko (sacerdotisa do templo)

Torii visto do templo

Jardim Shukkeien e Castelo de Hiroshima

Demos ainda mais uma passeadinha pelas lojas e saímos correndo pra não perder a balsa. Depois pegamos um trem e chegamos na cidade de Hiroshima. Nossa primeira parada foi o jardim Shukkeien, um pequeno mas lindo jardim no meio da cidade. No centro do jardim um lago bem grande e várias pontes. Seu verde contrastava com o cinza dos prédios em volta, tornando a vista bem interessante. Depois de uma volta rápida nele, nos direcionamos para o Castelo de Hiroshima.

Jardim Shukkeien e prédios ao fundo

Garça e tartarugas no meio do jardim

Jardim Shukkeien

Jardim Shukkeien

Jardim Shukkeien

Pequeno templo no meio do jardim

O castelo original de Hiroshima foi destruído com a bomba atômica em 1945, mas a torre principal foi reconstruída treze anos depois e agora serve como um museu. Pra minha sorte e surpresa, naquele dia estava tendo uma exposição sobre espadas japonesas e eu pude ver várias espadas lindas, inclusive a famosa yari (lança) Nihongou, uma das três grandes lanças japonesas, que é claro, está presente no jogo que eu adoro, Touken Ranbu

Portão do Castelo de Hiroshima

Castelo de Hiroshima

Castelo de Hiroshima

Numa parte da exposição era possível até segurar uma espada para ver como elas eram pesadas, mas infelizmente, como já era de se esperar, não era possível tirar fotos dentro do castelo. Era permitido apenas no último andar, que servia como observatório da cidade. Tinha-se uma bela vista das árvores vermelhas por causa outono, do fosso em volta do castelo e dos prédios ao fundo.

Vista do Castelo de Hiroshima

Vista do Castelo de Hiroshima

Parque Memorial da Paz e Okonomimura

Assim como Nagasaki, Hiroshima também sofreu com uma bomba atômica no final da Segunda Guerra em 1945. O Parque Memorial da Paz foi construído na área mais afetada pela explosão, que antes era um grande centro comercial e residencial. O primeiro lugar que nós fomos no parque foram as ruínas do antigo Centro de Exposição Comercial da Prefeitura, hoje conhecido como Cúpula da Bomba Atômica e também Memorial da Paz de Hiroshima. Esse prédio foi o mais próximo do epicentro a permanecer parcialmente em pé e se tornou um dos maiores símbolos do parque.

Cúpula da Bomba Atômica, o Memorial da Paz de Hiroshima

Em seguida, vimos o Monumento das Crianças à Paz, uma estátua de uma criança segurando um origami de tsuru (garça). No Japão, acredita-se que se uma pessoa fizer 1000 tsurus de origami, qualquer desejo poderia ser realizado. A estátua é baseada na história de Sasaki Sadako, uma garota que morreu em virtude dos efeitos da radiação da bomba.  Ela acreditava nessa lenda e enquanto estava internada tentou dobrar os 1000 tsurus para pedir não só pela sua cura, mas também pela paz para toda humanidade, para que mais nenhuma criança sofresse com as guerras. Ela morreu antes de completar os 1000 tsurus, mas agora pessoas de todo o mundo penduram tsurus ao redor da estua para homenageá-la e pedir por paz.

Monumento das Crianças à Paz

O próximo lugar foi o Cenotáfio Memorial, um monumento em forma de arco com o nome de todas as vítimas da bomba. Em frente ao monumento está escrito "Descansem em paz, pois o erro jamais se repetirá." e ele está alinhado com a Cúpula Memorial da Paz e com outro monumento chamado Chama da Paz, uma chama acesa em 1964, que permanecerá queimando até que as bombas nucleares do planeta sejam destruídas. Ao longo do grande parque haviam vários outros monumentos e também um museu sobre a guerra, a bomba e seus efeitos, mas como já estava tarde tínhamos que seguir nosso caminho.

Cenotáfio Memorial

Entramos na galeria da Rua Hondori e fomos caminhando até nosso destino final, a Okonomimura, um prédio com três andares de restaurantes de okonomiyaki, um prato famoso em Hiroshima. Okonomi pode ser traduzido como "o que você gosta" ou "o que você quiser" e Yaki significa "frito", então Okonomiyaki é um prato que mistura vários ingredientes a sua escolha e frita numa espécie de panqueca. Nós estávamos bem perdidos sobre qual restaurante escolher. Alguns estavam bem movimentados e outros vazios. 

Galeria da Rua Hondori

Loja em reforma na rua Hondori

Okonomimura

Nós decidimos ficar num chamado Sarashina, que estava praticamente vazio, mas um senhor muito simpático nos convidava a entrar. Enquanto ele e seu ajudante fritavam os ingredientes em chapas na nossa frente, o senhor conversava com a gente e quando ficou pronto ele até nos ensinou a maneira correta de cortar e comer. No meu tinha massa soba e udon, repolho, ovo frito, bacon, polvo, entre outras coisas. Estava muito gostoso e mesmo sendo enorme, eu consegui comer tudo! Ganhamos até uns adesivos de lembrança do restaurante. Foi uma experiência muito legal.

Okonomiyaki

Esse foi o dia de Miyajima e Hiroshima! Foi corrido, mas muito legal e delicioso pelas várias comidas que experimentamos. Qual delas pareceu mais apetitosa?

O próximo dia é um dos mais fofos! Fomos na cidade de Okayama e na ilha dos coelhos Okunoshima! Aguardem!~

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2 comentários :

  1. Tou amando os posts sobre a sua viagem ♥
    Só que me deixar com maior vontade de ir no Japão ;___; acho que quando eu chegar o primeiro canto que eu vou querer ir vai ser num templo
    Sou apaixonada por memoriais ;___; e esses da Segunda Guerra mexem com o meu coração ;___; eu estudo relações internacionais e no meu curso tem mt gente que defende a bomba de Hiroshima -___- eu me controlo para ficar queta na aula :XXXX

    Até <3
    shyandbrave.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Que bom, fico feliz <3
      Entendo, se eu visse tantas fotos do Japão ia morrer de vontade de ir também! Foi maravilhoso lá!
      Você não vai ter dificuldade então, porque em tudo que é canto tem um templo! xD
      Nossa, como é que podem defender algo que matou tanta gente? D: Se eles fossem pessoalmente nos lugares bombardeados e vissem o que isso causou, acho não pensariam assim...
      Até! Beijos <3

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